Recentemente, um programa de televisão apresenta dois adolescentes pais. Ele de 13 anos, ela de 16, pais de uma bébé de 3 meses. A bébé muito bonita, e a plateia televisiva cheia de ternura e compaixão por estes dois jovens. Parecia que, perante este cenário, tanto os espectadores como a apresentadora só viam o quadro ídilico de duas crianças que tiveram uma criança. O que é pertinente ressaltar é a forma como este fenómeno da parentalidade na adolescência foi tratado nesta emissão.
A verdade é que este fénomeno em Portugal é quantitativamente significativo, dado Portugal ser o segundo país da UE com maior número de mães adolescentes a seguir à Inglaterra. E acho que é importante alertar quer pais, quer adolescentes para esta situação, mas nunca desta forma como se fosse uma propaganda, ou apresentando a maternidade na adolescência como uma coisa “muito boa” ou de forma sensacionalista.
Neste programa valeu a lucidez de um psicólogo que não teve com rodeios e explicou as consequências e impacto que tem o facto de se ter uma criança quando se ainda está numa fase de transição entre a adolescência e a idade adulta. E garanto que os aspectos são maioritariamente negativos, quer para os pais adolescentes, quer para a própria criança. Por isso, penso que a televisão que é vista por milhões de pessoas e jovens tem que ter muito cuidado na forma como aborda problemas sociais.
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