Já aqui em tempos falei um pouco do que penso sobre o tema, e sou obrigado a discordar da Maria. Não é um tema fácil, e as duas partes têm razões e argumentos fortes. Mas a mim faz-me alguma confusão que se possa escrever e opinar sobre o aborto, sem fazer uma única referência ao feto, como é o caso. Não é uma coincidência, mas sim sintomático de um esquecimento que as pessoas têm demasiada facilidade em ter.
Discutir o aborto trata-se, essencialmente, de estabelecer as fronteiras e os limites entre aquilo que são os direitos, os problemas e os dramas legítimos da mãe (e do pai, convém não esquecer), e os do feto. E eu simplesmente não acho razoável que a uma das parte seja dado livre arbitrío para decidir sobre a outra.
Que as mulheres sejam julgadas por ter feito abortos também me suscita algumas dúvidas, mas está longe de ser a questão para se decidir sobre a liberalização (ou não) do aborto.
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