sexta-feira, dezembro 30, 2005

Adeus!

Como em tudo na vida há um começo e um fim! Para mim, chegou ao fim a minha estadia no Ilha Perdida. Agradeço a todos os leitores que apreciaram e se identificaram com os meus comentários “sociais” e com os meus desabafos de estados de alma!
Mas, também agradeço aos que me contestaram, permitindo assim reavivar o debate de ideias. Finalmente agradeço ao meu companheiro de Ilha Perdida pelo seu convite e pela confiança que sempre depositou em mim!!!

Da vossa amiga!

Maria

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Ainda sobre "o" debate

No Aforismos e Afins, num post que vale a pena ler:

"A soberba em Soares não tem limites. A baixeza atingiu o inalcansável. Eu acho que Cavaco devia ter respondido mais à letra ao que disse Soares, ou melhor, não respondendo mas apontando o nível de discurso dele. Não percebo os jornalistas da RTP. Se aquele tipo de discurso não merece da parte deles um reparo, atingimos o grau zero da qualidade do debate. O burguês vale o que vale no portugalito dos novos ricos e bem instalados. Bendito Cavaco que subiu a pulso e sabe bem o que é o valor do mérito. É esse mérito que parece faltar em tantos comentadores, que parecem não ter a coragem em enfrentar o establishment que Soares representa, os charutos partilhados, as comezainas deleitosas."

Fiquei de facto surpreendido com a ligeireza com que todo o comportamento de Mário Soares ao longo do debate passou quase impune pelos vários comentadores. Fosse outro a ter aquelas atitudes e não lhe seria perdoado. Mas, claro, desta vez trata-se de Soares. O nome ainda faz algumas coisas.

"O" debate

Cavaco - Soares foi de facto "o" debate. Tendo em conta as sondagens é curioso que assim seja tão claramente, o que é uma prova de que as sondagens não são tudo. Mas de facto concordo que é entre Cavaco e Soares que as coisas se jogam.

Sobre a disputa em si Soares excedeu-se em muitos aspectos. Houve momentos de pura má-educação, o sugerir que os amigos deles lhe andavam a comentar sobre a postura de Cavaco nos conselhos europeus, o tratar por ele, o economista razoável, a contínua provocação, e a animosidade pessoal sem limites. Já para não falar no retorno à ideia das eleições poderem não ser livres. Alguém conseguiu ver ali a imagem e postura de um Presidente da Républica? Não me parece... a atitude em si de Mário Soares é sintomática da situação em que se encontra.

A sua vulgaridade e constante superiorização pessoal de Soares em relação a Cavaco são de uma arrogância simplesmente insuportável.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Presidenciais - Alegre

Manuel Alegre é um dado novo e inesperado na equação das eleições presidenciais. Não sei se o seu sucesso, relativo, irá muito além dos valores que as sondagens lhe apontam neste momento. O que está a conseguir (aparentemente...) já é um feito importante.

A ideia de uma candidatura desamarrada dos partidos, do stablishment, descomprometida e de mãos livres, não pode deixar de ser atractiva. Tomando as sondagens como verdadeiras, é um dado saudável e positivo destas eleições e mostra a maturidade de um eleitorado que já não segue cegamente as indicações partidárias, apesar de toda a influência que estas continuam a ter.

No entanto, Alegre não é o protagonista ideal desta candidatura, a começar pela forma como geriu todo o processo até finalmente se decidir a avançar sem o PS. Avança sem este, não por ser uma candidatura com uma dinâmica própria à partida, mas porque o PS a motivou primeiro para depois não a apoiar. É apartidária, não por não procurar apoios partidários, mas por não ter conseguido o apoio do partido que a estimulou. E a revelância que está a ter deve muito ao espaço que a candidatura de Mário Soares não mostra ser capaz de ocupar.

Ainda assim, e repito, o "fenómeno Alegre" é um acontecimento feliz para a nossa democracia.