Sem ter como o fazer na substância, é na reacção às críticas e aos ataques que o PP se distingue e mostra uma veia troliteira e agressiva, que não tem seguimento na sua acção concreta no governo, mas joga contra si próprio. A intervenção infeliz do líder da JP a comentar os óculos e as orelhas do Sousa Franco é um exemplo entre outros.
Mas isso não deve escamotear a realidade. O PP influencia o governo na medida da sua proporção, e da debilidade da sua liderança, que é evidente. Muito mais marcante e acentuada tem sido a descaracterização porque teve de passar para poder estar na coligação. Esta teoria com que o Mário Soares gosta de nos brindar de tempos a tempos, de a democracia estar ameaçada por uma direita radical que controla o poder, não é mais que um agitar de fantasmas, que não assusta ninguém.
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