quarta-feira, setembro 15, 2004

Taxas moderadoras

A polémica das taxas moderadoras levanta a questão das desigualdades crescentes que se verificam na sociedade portuguesa.
Não é o princípio em sim do aumento das taxas moderadoras na saúde que me aborrece, se fosse para termos um atendimento mais eficaz e humanizado nos centros de saúde e hospitais públicos. O que na minha opinião vai acontecer é apesar dos aumentados tudo vai continuar na mesma. Com agravante de que os que realmente precisam do sistema público de saúde, porque são os que mais precisam por não fazem nenhum tipo de medicina preventiva por falta de conhecimento e de possibilidades económicas é que vão sentir na pele o aumento.

Não há sistema mais hierarquizado por classes sociais que o nosso sistema de saúde. Temos os reformados com baixas pensões, os desempregados e as famílias com poucos recursos que recorrem ao sistema público de saúde. E depois temos os funcionários públicos, ou de outras instituições corporativas, os bancários ou os professores que têm o seu próprio sistema de saúde e por fim temos os abastados que podem pagar os cuidados de saúde no privado e que para além disso fazem uma medicina preventiva.
De que servem os aumentos? É supostamente para que os mais ricos paguem pelos mais pobres só que os mais ricos já têm os seus próprios sistemas de saúde e raramente recorrem ao sistema público (isto é centro de saúde), só em casos excepcionais como as cirurgias é que recoorem aos hospitais púbicos.

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