Basta ir ao fim-de-semana ou nas férias de Verão para uma aldeia com interesse geográfico e/ ou cultural para observar que os seus habitantes já pouco têm de locais genuínos, mas passam a ser uma mistura híbrida de novos rurais à procura de autenticidade e das suas origens à muito esquecidas.
Os autóctones por sua vez acham estranho, como é que citadinos decidem ir viver sazonalmente para a sua “terra”, quando eles já poucos encantos lhe vêem a não ser o facto de ser a terra dos seus avós, pais e é onde sempre viveram. Aqui duas perspectivas contrárias se encontram, os que por terem deixado o campo e foram para a cidade (re)descobrem o encanto do viver na pacatez do meio rural.Por outro lado, existem os aldeões desiludidos com a vida do campo, porque a agricultura já não dá “nada”, como eles dizem.
Então a aldeia é apropriada pelos neo-rurais. E esta passa a ser uma micro sociedade de citadinos a (re)inventar o espaço rural, a autenticidade e a natureza e por outro temos os locais que passam a ser vendedores de tradições e de preservação dos espaços.
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