terça-feira, dezembro 14, 2004

20 Fevereiro de 2005,

lá vamos nos às urnas! Agora, até esse dia, os nossos políticos têm que convencer os portugueses, incluindo a mim, que eles "não querem só poleiro" como se diz na gíria popular. Para que a abstenção não seja a grande vencedora, a classe política tem que demonstrar que tem ideias concretas, uma boa equipa para as pôr em prática, e sobretudo, que não estão na política, porque não sabem fazer mais nada.

É que neste momento ninguém acredita mais em políticos, com a desordem que se gerou nos últimos tempos. Quando os membros do mesmo partido se desacreditam uns aos outros, e um ex-primeiro ministro apela os antigos membros do seu partido a tomarem mãos no país, algo vai mesmo mal.

As reformas necessárias para o país avançar foram postas em causa. E, por conseguinte, os portugueses desacreditam cada vez mais numa possível melhoria do seu nível de vida. Presentemente, não é fácil nos interessarmos e nos envolvermos nos assuntos da governação. É que nem os políticos, seja qual for a sua cor política, parecem muito certos do que andam a fazer e não transmitem qualquer segurança de serem capazes de tomarem medidas certas e prosseguirem com elas.

1 comentário:

Um Zé Economicus Basta disse...

Não me parece que estas eleições legislativas sejam assim tão diferentes das eleições legislativas que as antecederam.

A única grande diferença que eu vejo é a razão pela qual as próximas eleições tomarão lugar no próximo mês de Fevereiro.

Aliás, espero que a abstenção seja, desta vez, a grande derrotada. É que hoje, mais que nunca, os portugueses sentem que têm uma palavra a dizer. Querem fazer saber nem o PM nem o PR podem tomar decisões impunemente à revelia dos seus eleitores.

Acho assim, que desta vez os políticos até têm a tarefa facilitada. Amemo-los ou odiemo-los, eles sentirão a força do voto popular em Fevereiro. Os portugueses sentem que o descrédito que há em relação aos políticos da nação tem de ser expresso nas urnas. Há que separar o trigo do joio e a única maneira legítima de o fazer, é através do voto.

Quanto às questões da governação, não me parece ser de hoje o desinteresse popular por estas. Já há muito que os portugueses sentem que não têm muito a dizer acerca da forma como são governados e dirigidos.

Quanto a mim, penso que esta é uma óptima oportunidade para cada um de nós eleitores portugueses mostrar o que pensa e o que quer para o futuro do seu país.

E, sinceramente, acho que o acto de votar é demasiado importante para podermos deixar de o cumprir. Se temos e reclamamos tantos direitos, temos tambem de ter a consciência que temos deveres, e que votar é um deles.

Sobre o tema da abstenção enquanto forma de protesto recomendo o livro de José Saramago "Ensaio sobre a Lucidez".

A Pop Zé