terça-feira, outubro 14, 2003

Bragança e a TIME

Foi com um sorriso que vi as notícias sobre a reportagem na TIME sobre Bragança e a prostituição. O provincianismo que transparecia na reacção do jornalista, que parecia evocar a indignação nacional contra uma notícia desproporcionada e difamatória que ponha em causa o bom nome do país perante o estrangeiro.
A reportagem, essa é uma entre muitas na linha do que a TIME e por exemplo a Newsweek costumam fazer. A estratégia costuma ser abordar um tema relevante seguindo um ou dois casos concretos, para daí extrair a visão ou reflexão que se pretende passar ao leitor, em vez de abordar o tema apenas teoricamente. Bragança não é apresentada como uma espécie de interposto da prostituição europeia, mas apenas e tão só como uma pequena vila escondida e perdida lá no meio de uns montes, e em que umas quantas brasileiras vieram pôr em alvoroço a vida pacata das suas gentes. Um exemplo que não vale propriamente por si.
A razão da sua escolha para a reportagem terá sido provavelmente pela (penso eu) inédita iniciativa do Movimento das Mães de Bragança. Não vejo qual o motivo de tanta exaltação.

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