quarta-feira, maio 12, 2004

Dirigentes associativos

A propósito do que aqui falei em tempos sobre os dirigentes estudantis, e o problema de ser muito duvidosa a sua verdadeira representatividade, vale a pena visitar o Cadernos Minhotos e ler "A farsa eleitoral" (não consegui fazer link directo ao post).

Neste momento, o movimento associativo estudantil não é mais que uma montra para as vedetas de cada universidade se passearem. As minhas desculpas às muitas excepções que devem existir, e eu conheço algumas, mas esta é a regra. E só por mero acaso algumas das causas defendidas representam de facto os anseios do aluno "comum". Aliás, os mais voluntaristas estão por regra, e infelizmente, manietados por juventudes partidárias ou a prossecução de objectivos ideológicos, em geral de esquerda, que pouco têm a ver com os seus cargos.

Este aluno "comum" já de si tem alguma culpa no estado das coisas, por assumir uma postura e atitude de se estar nas tintas para o que o rodeia, sejam lutas de estudantes, política, sociedade, ou seja lá o que for que exija minimo esforço intelectual ou vá para além de enunciar umas quantas frases feitas e verdades adquiridas. Depois, olha para os dirigentes estudantis e fica ainda menos motivado a participar na vida associativa das universidades. Nem tão pouco consegue evitar sentir que afinal a sua atitude até se justifica.

Sou um pouco céptico e tenho dúvidas sobre se as soluções propostas pelo Filipe serão eficazes, mas o certo é que este não é um problema menor. Resumindo: Uma parte importante da sociedade tem dificuldade em ver os seus anseios representados e defendidos (quanto mais respondidos) e, ainda assim, está longe de se preocupar com isso.

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