domingo, janeiro 11, 2004

Livros

A propósito deste post do JPP, a internet veio tornar ainda mais claro como a imprensa escrita, e o livro em particular, têm um lado físico que não é substituível.

Os livros têm uma personalidade própria que vai para além do seu conteúdo. A sua forma, o seu toque... é algo que nos faz muitas vezes fazer questão de comprar um livro, ainda que o pudessemos pedir emprestado.
Depois de o lermos, de o folhearmos, de o sentirmos, um bom livro ganha para nós um valor que não tem a ver com o seu custo ou utilidade, mas com uma relação que se criou entre o leitor e a obra, e com os momentos e sensações que ela lhe proporcionou. Não é só o livro em geral, mas aquele em particular, a que nos sentimos ligados. Talvez por isso sintamos que seja tão importante guardar e conservar os livros que lemos, como objectos que nos são queridos e íntimos. Para o bem e mal, somos um pouco aquilo que foram as nossas leituras.

Acredito que nem todos sintam as coisas desta forma, mas devem pelo menos concordar que pegar num jornal, e ainda mais num livro, para ler tem muito mais graça que ir a internet e ler as coisas no monitor.

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