quinta-feira, setembro 25, 2003

As voltas que as coisas dão

Como as coisas mudam. Lembro perfeitamente quando ainda era puto de ver o Portas a criticar apaixonadamente a UE e o Euro, parecia acreditar no que dizia de uma maneira radical. Por muito que alguém discordasse dava vontade de parar um pouco e pensar se ele não teria razão, tal era a convicção do homem. Mesmo ainda sendo jornalista na altura, parecia mais enraivecido pelo assunto que o próprio Manuel Monteiro.
O discurso mudou de facto, mudou muito e de uma maneira que não se pode explicar apenas pelo facto de o Euro se ter tornado uma realidade que tem de ser aceite. E é pena que ainda por cima tenha sido num momento tão conveniente, quando se passou a achar no CDS que o entendimento com o PSD era a solução. Se calhar é este pormenor que torna difícil acreditar na autenticidade de certas mudanças de opinião.
Não sei se é autêntico, mas é ironia ver Paulo Portas a criticar o euro-cepticismo de JPP, e a sua recusa da Constituição Europeia que aí vem. E ele, será que a apoia? Seria a ironia das ironias ver Portas a defender o Sim.
Tenho sérias duvidas sobre o futuro da Nova Democracia, mas que existe um espaço para um novo partido a direita não tenho dúvida alguma

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