O não francês é antes de mais um alerta da distância entre o sentimento do cidadão comum e o das elites politicas e intelectuais. Essa distância, no que toca à europa, não acontece apenas na França, mas se até(!) na França, um dos ou o país berço desta constituição, como se pode pensar que este projecto seja realmente sentido e assumido pelo europeu comum? Que a reacção dos vários dirigentes europeus ao resultado esteja a ser a de baixar a cabeça e continuar a insistir, como se nada tivesse acontecido e esta constituição, só mostra cegueira que não pode durar muito com o suceder dos novos "não" que se adivinham.
Por outro lado, é um sinal de vida da democracia quando as pessoas, por bons e maus motivos, mostram que sabem pensar por si, e não cedem às chantagens e ameaças catastrofistas que acompanham sem excepção tudo quanto é o tomar de decisão em temas europeus.
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