sexta-feira, agosto 12, 2005

A moda das coligações

Segundo O Independente de hoje Carmona Rodrigues acaba de firmar uma coligação com o PPM para a camara de Lisboa. O PPM parece ser um parceiro privilegiado pelo PSD para fazer coligações, seja em várias candidaturas autárquicas, seja até agora nas últimas legislativas. Alguém me sabe explicar porquê?

Para começar não se percebe o que representa o PPM neste momento. Se é verdade que no seu tempo representou algo, por pouco que fosse, as caras desse tempo já todas abandonaram o barco e o projecto. Neste momento não se sabe o que é aquele partido, e o seu peso na sociedade é nulo. Afirma-se como monárquico, mas nem os monárquicos está perto de conseguir representar, e basta ver o que sobre ele dizem as reais associações espalhadas pelo país.

Se calhar é bonito dizer que se tem uma coligação, como é bonito meter um ou dois independentes à pressão nas listas, para dar aquele ar de abertura e de abrangência... mas, dito isto, é preciso ver que as coligações têm um "preço". Na câmara de lisboa terá um custo para o PSD em termos de lugares, cargos ou seja o que for. Por exemplo nas legislativas o PPM conseguiu 2 lugares elegíveis nas listas de deputados do PSD, e nós olhamos para o país e pensamos no que representarão aqueles 2 deputados, que peso e interesses? A mim parece-me que isto não passa de uma fantochada, assim como os verdes são outra fantochada que o PCP inventou para dizer que têm uma coligação.

As coligações são uma mais-valia, mas quando representam abertura das forças que as compõem a outras tendências e correntes.

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