sexta-feira, abril 22, 2005

Camara de Lisboa

Marques Mendes foi eleito em congresso por uma margem surpreendentemente pequena. Terá agora oportunidade de se tentar afirmar de facto, e é uma pessoa com qualidades, sem comparação com o adversário que tinha. A simples hipótese de Menezes poder ter chegado a líder faz-me confusão, tal o aparelhismo, ruido e vazio que a sua personagem representa. Um mau sintoma para o PSD.

Contudo, no caso da câmara de lisboa, parece-me que Marques Mendes começa com um erro. Em primeiro lugar, Santana Lopes foi o protagonista da vitória em Lisboa e da obra que foi feita. Logo, é ele o candidato natural para defender o que se fez e, não sendo ele, considerando-se que a obra foi má, deveria então ser escolhido alguém sem qualquer compromisso com este mandato. Em segundo lugar, tanto Santana Lopes como Carmona Rodrigues têm mais hipóteses de perder as eleições do que de as ganhar. Na minha opinião, apesar de tudo, com Santana Lopes seria mais fácil uma eventual reviravolta. Mas, se é para perder, não seria mais inteligente deixar Santana Lopes avançar do que deixa-lo na situação de poder colocar a responsabilidade da derrota na escolha de Marques Mendes?

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