terça-feira, abril 20, 2004

É uma pena

Apesar de atrasada, o artigo de Miguel Sousa Tavares no Público mereçe sem dúvida uma referência. Quem conheça algumas das zonas protegidas ao longo do país, e tenha acompanhado a evolução da sua envolvente ao longo dos anos, percebe facilmente o poder da pressão que se exerce contra elas. Percebe, ainda, que as autarquias fazem parte dessa pressão e, nesse sentido, do problema a que estas procuram responder. O problema de sabermos preservar as zonas que permanecem um património e um valor que seja do interesse de todos nós preservar.

Significa isto que, o mínimo que podemos procurar é uma situação de equilibrio entre o desenvolvimento e a preservação. Embora duvide muito que a questão se possa colocar nestes termos, por muita da dinâmica e do potencial turistíco das regiões em questão se dever exactamente ao seu património natural e ambiental.

O comentário do nosso Presidente, de não podermos fazer do país inteiro uma reserva natural, é inqualificável. Por uitom que se argumente esta ser apenas uma evidência, significou um tomar de posição sobre as duas partes em "conflito". O Presidente da Républica escolheu a dos interesses imobiliários, das autarquias e a sua corrupção, e o turismo sem regras, contra o mínimo respeito pelo meio ambiente envolvente.

Já temos o Algarve e o seu turismo massificado, é uma pena que não se procure dar oportunidade a outro tipo de turismo nas restantes regiões do país.

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