segunda-feira, fevereiro 16, 2004

Impostos

Notícias como esta só vêm provar como algo de errado se passa no mundo automóvel português. Pagamos mais que os outros pelo carros que compramos, pagamos portagens, temos a gasolina mais cara... e em troca de quê? O que recebemos a mais do estado que, por exemplo, o automobilista espanhol, que justifique esta carga contributiva tão pesada?

A mim choca-me acima de tudo a desigualdade nos preços de aquisição dos automóveis... porque não se aplica a lógica do mercado único neste caso particular em que o benefício para o consumidor seria tão evidente? E a renovação da frota automóvel nacional não é um bem a seguir?

Se se acha que existem carros a mais, então que se aumente o imposto automóvel. Se se acha que se anda demais, então que se aumente o Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP). Se se acha que quem usa as estradas as deve pagar, que se mantenham as portagens. O que não faz sentido é querer fazer tudo ao mesmo tempo.

A propósito, a gasolina volta hoje a aumentar, agora não por oscilações de mercado, mas pelo aumento do ISP. Em Portugal os impostos são a resposta fácil à incapacidade de racionalizar um estado demasiado grande e que gasta demasiado mal.

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