Notícias como esta só vêm provar como algo de errado se passa no mundo automóvel português. Pagamos mais que os outros pelo carros que compramos, pagamos portagens, temos a gasolina mais cara... e em troca de quê? O que recebemos a mais do estado que, por exemplo, o automobilista espanhol, que justifique esta carga contributiva tão pesada?
A mim choca-me acima de tudo a desigualdade nos preços de aquisição dos automóveis... porque não se aplica a lógica do mercado único neste caso particular em que o benefício para o consumidor seria tão evidente? E a renovação da frota automóvel nacional não é um bem a seguir?
Se se acha que existem carros a mais, então que se aumente o imposto automóvel. Se se acha que se anda demais, então que se aumente o Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP). Se se acha que quem usa as estradas as deve pagar, que se mantenham as portagens. O que não faz sentido é querer fazer tudo ao mesmo tempo.
A propósito, a gasolina volta hoje a aumentar, agora não por oscilações de mercado, mas pelo aumento do ISP. Em Portugal os impostos são a resposta fácil à incapacidade de racionalizar um estado demasiado grande e que gasta demasiado mal.
Sem comentários:
Enviar um comentário