quinta-feira, julho 28, 2005

quinta-feira, julho 21, 2005

Impostos

Segundo Freitas do Amaral: "Os impostos aumentam-se sempre que o Estado carece de mais meios financeiros para prosseguir as finalidades que os cidadãos esperam do Estado, e descem quando, para prosseguir essas finalidades, é conveniente diminuir a carga fiscal. À volta dos impostos não devia haver mitos, nem promessas, nem contra-promessas, nem hipocrisias".

Não posso concordar com esta ideia. O nível das taxas de imposto é definido não apenas pela eficiência da máquina fiscal e de como o dinheiro é gasto, mas também, e essencialmente, pelo papel que queremos atribuir ao estado na nossa vida e qual a intervenção que este deve ter na regulação da economia e intervenção social. Logo, e embora seja óbvio que existem ciclos económicos e situações conjunturais que podem forçar a aumentos conjunturais dos imposto, é óbvio que os impostos são um tema claramente politico e a ser debatido.

segunda-feira, julho 18, 2005

Fouquet

é o nome do antigo ministro das finanças de "Luís XIV", que está a ser relembrado e desvendado o seu papel na história fancesa. Para a sua época era um visionário, um mecena e um brilhante homem de negócios, isto para quem o admira. Para quem se interessa por História e intrigas politicas a vida deste homem é fascinante e o final que o "Rei Sol" lhe reservou também!
Actualmente, a Companhia de Teatro de Almada representa a peça "O poder" que ilustra este periodo de história francês. Aviso já, que é preciso ser um apreciador convicto de duas coisas teatro e história, porque a peça tem uma duração de 2h30 e é cheia de subtilezas, risos, intrigas e muito mais!

sexta-feira, julho 08, 2005

Feudos

Acho bem a medida de acabar com certos privilégios de algumas categorias profissionais que não passam de “feudos”. Temos exemplo disso, todas as forças militares e certos cargos de funcionários públicos. Estes profissionais têm que se metalizar que numa Sociedade Moderna o que conta é o MÉRITO, da pessoa e do seu trabalho! Muitas vezes verifica-se que esses funcionários depois de terem o lugar garantido, descansam o dia interior no seus empregos à acharem que têm todos os privilégios, só porque trabalham para o Estado. E eles o que é que contribuem para a produtividade e avanço do pais? Temos vários protótipos de funcionários como os militares que para além de trabalharem para o emagrecimento do país, não se vê obra feita. Exemplo, a aeronáutica, força área portuguesa, o exército que podia ajudar mais na luta contra os incêndios florestais, e muito mais haveria para dizer! Este post vem do meu desacordo da manifestação, ontem na Assembleia da República, destas categorias profissionais que não passam de “Velhos do Restelo”, ou pior ainda acham que estamos na "Idade Média" e recebem só o fruto do seu estatuto profissional sem contribuírem de forma valiosa para o país.

quarta-feira, julho 06, 2005

Austeridades

Que era preciso tomar medidas de austeridade, e fazê-lo de forma "palpável", só alguns keynesianos mais líricos podem não conseguir ver. Como é óbvio isso, por si só, não retira o mérito das medidas que este governo tem vindo a tomar. Mas ainda assim, acho que estão a ser tomadas no sentido errado, porque hoje em dia fala-se muito em austeridade, mas a austeridade por si só não chega.

Nós precisamos de uma política de austeridade que vise a redução do papel do estado, e não uma que tem como grande objectivo a maior angariação de fundos para sustentar o estado que temos. Há uma diferença substancial entre as duas abordagens, e este governo, como em parte também o anterior, está a seguir a segunda.

Demonstração significativa

Ontem, o debate com o Primeiro Ministro na SIC teve importância do ponto de vista simbólico. Ele veio dar a cara e confirmar a sua "plena consciência" das medidas que tomou. É importante demonstrar aos portugueses que quem governa vem dar contas nem que seja a jornalistas, do que anda a fazer pelo país.
Agora, quanto à forma de defender as medidas tomadas, isso já é outra questão.